Experimentalismo pedagógico no CAp-UFRJ

Por Jéssica Azevedo (graduanda História/UFRJ) e Isabel Machado (estudante CAp-UFRJ)

No quinto post da série, vamos apresentar dois documentos sobre o experimentalismo pedagógico no CAp que estão presentes no PROEDES/UFRJ.

O primeiro deles vai ser o Plano das Classes Experimentais do Colégio de Aplicação da Faculdade Nacional de Filosofia, formulado em 1959. Nele, vemos que a experiência pedagógica proposta era a de descongestionar os programas de estudo em vigor, reduzindo o número de disciplinas em cada série, mas garantindo o maior número de aulas e atividades por matéria e, consequentemente, o seu aprofundamento. 

Os seus objetivos eram: “ensaiar uma nova seriação do currículo secundário […] e seu enriquecimento, mediante ‘práticas educativas’ e atividades extracurriculares […]”; “ensaiar a aplicação de procedimentos didáticos predominantemente ativas e experimentais […]”; e “proporcionar aos alunos melhores oportunidades para adquirirem uma cultura geral média, não especializada, e uma consciência humana e social que melhor as habilite para bem desempenharem suas funções e responsabilidades no nosso meio social”. 

O segundo documento é o Relatório geral das atividades extraclasse do Colégio de Aplicação da Faculdade Nacional de Filosofia. Podemos observar neste documento, toda a organização e planejamento referente às atividades e aulas extraclasses que ocorreram no primeiro e segundo semestre do ano de 1960 para os alunos das Classes Experimentais. 

Temos acesso às informações de tudo que foi produzido e realizado nas aulas de cada setor naquele ano, tanto como festas do colégio, excursões e visitas. Também é relatada a falta e substituição de professores e os materiais que estavam em escassez para a realização das aulas. 

No relatório sobre o segundo semestre, é levado em consideração: “Ao contrário do planejamento do 1º semestre, que englobava sob um único projeto todos os trabalhos que se realizam nos vários setores estabelecidos, as atividades foram organizadas com independência, numa tentativa de verificar qual seria o tipo de organização que melhor atendesse aos interesses dos educandos”. 

No próximo post trataremos do protagonismo estudantil no CAp-UFRJ.