A história oral na pesquisa do C. E. Dr. Feliciano Sodré
Por Ana Carolina Amin (Graduanda em História – UFRJ)
Depois de afirmar a importância da micro-história e da História Local, hoje falo especificamente da História Oral que, conforme foi falado sobre a pesquisa do C. E. Dr. Feliciano Sodré, se faz, muitas das vezes, necessária. Para isso trago de novo o trabalho de Selva Guimarães (2006) que fala justamente da importância da história oral e da produção dessas fontes orais. A autora afirma o seguinte: “Memória e palavra, escola e História, lugares de produção de identidades, de formação, de educação. Mais do que difundir respostas para perguntas, oferecer soluções acabadas para os problemas, a história oral, na educação básica, nos permite penetrar, trocar, compreender e dialogar com o Outro” (p. 140).
Isso nos mostra como o famoso “cafezinho”, tanto falado por aqui, é uma parte importante da pesquisa, porque, muitas vezes, isso leva a entrevistas, ou seja, um passo muito importante para o andamento dos projetos, pois os relatos pessoais contam muita história, e uma história diferente da “tradicional”. Recentemente eu pude visitar o colégio para conhecer os alunos, o ambiente escolar e entrevistar algumas pessoas. Nesse processo entrevistamos ex alunos, ex diretora e alunos atuais, assim, os depoimentos que pegamos nos mostram uma história rica de anos desse ambiente; definitivamente foi muito importante, pois nos mostrou detalhes ricos para montar o quebra-cabeça que é a história desse colégio.
Para além das entrevistas, eu pude conversar com duas turmas de terceiro ano, confesso que eu estava com medo, mas, no final, foi tão bom que quando fui embora, saí com o peito apertado, já querendo voltar para o colégio. São esses “cafezinhos” que deixam a pesquisa viva, é o cotidiano que alimenta esse trabalho também. Por fim, ressalto que saí de lá muito satisfeita, esse dia me mostrou o por que eu faço parte desse projeto.