Contexto das ocupações estudantis

Por Jéssica Azevedo e Scarlet Rocha (Graduandas IH/UFRJ)

O ano de 2016 foi um período de muita tensão na história do Brasil, cercado pela intensa crise político-econômica e por um dos momentos que mais explicitou a instabilidade do país: o golpe de estado que promoveu o impeachment da ex presidente Dilma Rousseff (PT) e a tomada de posse pelo seu vice, Michel Temer (PMDB, atual MDB).

Naquele momento, o governo assumiu a administração da transição do neodesenvolvimentismo dos governos anteriores – Lula (2003-2011) e Dilma (2011-2016) – ao neoliberalismo, tomou como responsabilidade a reestruturação da economia brasileira visando ao máximo diminuir a presença do Estado e aumentar o capital privado no Brasil. 

Nesse cenário, muitos setores da sociedade se revoltaram com os ataques aos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais que estavam claramente sendo ameaçados. Assim, com os secundaristas não foi diferente, tendo em vista que a educação foi uma das áreas mais afetadas e as expectativas para o futuro tornavam-se instáveis. Apesar de já existir movimento de ocupação desde 2015, em São Paulo, foi em 2016 que essa forma de manifestação se tornou nacional.

Continua na 03 de junho (quinta-feira), com as reivindicações estudantis…