CAp-UFRJ: o primeiro Colégio de Aplicação do Brasil
Por Jéssica Azevedo (graduanda História/UFRJ) e Isabel Machado (estudante CAp-UFRJ)
No segundo post dessa série, abordaremos um pouco da história do CAp-UFRJ: sua criação, localização, segmento de ensino atendido e formação de professores.
Os Colégios de Aplicação dialogam com o movimento da Escola Nova, que buscava a renovação educacional brasileira, e foram criados através do decreto-lei n° 9.053 de 12 de Março de 1946, que obrigava a existência deles junto às faculdades de filosofia. Assim, para se tornar professor do ensino secundário (atual Fundamental II e Médio), o(a) licenciando(a) deveria passar por uma formação prática, aliado à teórica na disciplina de Didática.
O CAp da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (atual UFRJ) foi o primeiro a ser inaugurado no país, no dia 20 de maio de 1948. Sob direção do professor Luiz Alves de Mattos (1907-1980), ele seria um laboratório de métodos didático-pedagógicos ligados à aprendizagem ativa, à mentalidade científica e articulados com o meio social.
O Colégio de Aplicação da UFRJ atualmente se localiza na Rua José Joaquim Seabra, no bairro da Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro. Em 1948, ano de fundação do colégio, o CAp UFRJ, na época nomeado Colégio de Aplicação da FNFi, tinha funcionamento na Fundação Getúlio Vargas, na Praia de Botafogo onde ficou em funcionamento por quatro anos, transferindo-se em 1952 para um prédio na Praça São Salvador, e mudando-se oficialmente para a Lagoa em 1962.
O CAp UFRJ oferece os doze anos escolares, começando no primeiro ano do ensino fundamental e terminando no terceiro ano do ensino médio. Os alunos entram a partir de sorteio, sendo possível ingressar na escola no primeiro ano do ensino fundamental I, no sexto ano do ensino fundamental II e no primeiro ano do ensino médio. E em 2019, ocorreu a integração do Colégio com a Escola de Educação Infantil (EEI), sediada no Fundão, com alunos de 2 a 5 anos.