Minha história na Escola Chile

Por Ana Clara Evangelista (Graduanda do Curso de Pedagogia FE-UFRJ)

Foto retirada no dia da minha formatura do Ensino Fundamental na Escola Chile em 2014, onde minha avó Glória, ex-aluna da Chile, e minha amiga Andressa, que também estudou comigo. Estamos emocionadas com o momento da entrega do Certificado de Conclusão. Foi emocionante porque minha avó pôde ver em mim o mesmo sentimento que ela teve. 

Minhas memórias sobre a Escola Municipal Chile começam por mudanças. Eu tinha acabado de voltar de outro estado no final de 2012, com outra cultura, outros professores e didáticas. Entrei na Escola Chile com medo do que viria, afinal, é sempre um desafio mudar de escola quando somos adolescentes.

A escola estava em mudanças também, pois tinha acabado de receber a nova proposta de Ginásio Experimental do Samba, da Prefeitura Eduardo Paes, no ano de 2013, com um novo currículo, incluindo aulas de música e eletivas voltadas para a arte. Eu me surpreendi com a diversidade cultural oferecida, mas na época eu ainda não entendia a importância disso tudo para a educação. Hoje, sendo estudante de pedagogia, consigo enxergar a riqueza de trazer o currículo que a escola Chile trouxe: conhecer novas habilidades, conviver com a turma num horário integral e poder ter trocas com essas pessoas, aprender jeitos diferentes de absorver tantos conteúdos e, acima de tudo, a diversidade cultural nos ensina a respeitar o que e quem é diferente. 

Tenho imenso orgulho de ter feito parte de uma escola idealizada por Anísio Teixeira, citado no primeiro post dessa série. Embora a escola tenha sofrido mudanças, o objetivo de Anísio, de valorizar os interesses da comunidade em que a escola se insere, não foi alterado.