Experiências de duas alunas que estudaram em escolas preparatórias
Beatriz Sales e Rafaela Ferreira (FE-UFRJ)
“Estudei em um colégio/curso do 9o ano do ensino fundamental ao 3o ano do ensino médio e hoje estou cursando o 5o período de pedagogia na UFRJ. Agradeço ao meu colégio por ter me ajudado a chegar até aqui, ainda que tenha precisado de muito esforço e muitas renúncias para chegar a essa conquista. Apesar da gratidão, estar em uma escola preparatória me comprometeu psicologicamente. Isto porque as atividades ininterruptas, os projetos e a necessidade de estar sempre estudando tomavam todo o meu tempo e os simulados aos fins de semana faziam com que eu tivesse que abrir mão de atividades de lazer. Não obstante, tive professores muito atenciosos e acolhedores, além de amigos e momentos ao longo de toda minha trajetória que fizeram toda a experiência valer a pena. Para fechar com chave de ouro, graças ao meu esforço e às oportunidades que tive dentro da minha escola, hoje estudo na melhor universidade do Rio de Janeiro”.
Beatriz, 21 anos
“Estudei em um colégio/curso do primeiro ao terceiro ano do ensino médio e atualmente estou no terceiro período de pedagogia da UFRJ. Considero que minha trajetória na escola preparatória foi fundamental para minha aprovação na Universidade. Inicialmente tive muita dificuldade de entrar no ritmo de uma escola preparatória, onde tínhamos simulados constantes na maioria dos finais de semana, foi muito sofrido tive que abrir mão do meu lazer no sábado e domingo para estudar mas valeu a pena, as vezes eu paro e penso para refletir que toda dificuldade e barreiras que enfrentei, de fato me prepararam para momentos extraordinários que estou tendo na universidade. Desde o primeiro dia de aula os professores nos incentivam a estudar muito para entrar em uma universidade pública. As aulas com muito conteúdo ficavam sobrecarregadas e não deixavam muito os professores saírem da rotina, infelizmente característica da escola onde seu objetivo é ter o maior número de aprovação em concurso público. Mas alguns professores foram muito atenciosos ajudaram não só com o conteúdo mas com uma palavra de força e davam exemplos da vida deles de superação para nos dar forças para continuar, marcaram minha trajetória e me inspiraram a querer ser professora também”.
Rafaela, 19 anos.